sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Histórias vividas em Ambrizete - Parte I


Ambrizete era uma povoação bastante agradável. Uma praia óptima, um restaurante onde se comia lindamente (penso que se chamava "Brinca na Areia") situado mesmo à beirinha da praia e mulheres lindas embora nem sempre fosse fácil conseguir a sua confiança. E até tinha cinema...
A C. Caç.3482 estava localizada na chamada Missão à saida da povoação. No centro da mesma ficava a CCS, Companhia de Comando e Serviços.
Os oficiais da CCS dormiam numa vivenda ajardinada situada entre a povoção e a dita "Missão" onde trabalhava um jardineiro nativo de Ambrizete e que tomava conta do jardim e guardava a casa.
Contavam-se histórias de confraternizações feitas na dita vivenda, entre os ditos oficiais e a população feminina (nativa) de Ambrizete.
Dois dos militares da C. CAÇ. 3482 curiosos(a inveja é terrível...) sobre as tais ditas festas, lá foram ter com o dito jardineiro com a esperança que alguma coisa se pudesse arranjar também para eles...O tal Sr. logo se prontificou em "convocar" duas jovens para o dia seguinte pela manhã. Pelas dez horas lá apareceram os dois e as tais ditas jovens, não tão jovens quanto desejariam (mas a ocasião não proporcionava alternativas...), já lá estavam à espera.
O dito jardineiro lá desenrascou dois quartos: Um pertencente a um Tenente chefe da secretaria e o outro pertencente a um Alferes ranger de formação e beirão de gema.
Lá foi cada um para o "seu" quarto com a respectiva companheira. Um deles, mais despachado, aviou "a coisa" mais rapidamente e depois de alguns minutos à espera do companheiro que nunca mais aparecia e já farto de esperar, dirigiu-se para o quarto do Tenente onde o companheiro estava com a outra jovem, esquecendo-se de bater à porta, que abriu de rompante. Viu o companheiro na posição horizonantal muito naturalmente deliciado com a textura da pele da dita jovem (o que provavelmente já não fazia há meses...)e disse para ele: "Já estou pronto e vou andando". "Vem cá ter".
Nunca conseguiu saber se o dito companheiro terá conseguido concretizar "a função". Lembrou-se depois, do que terá passado pela cabeça do companheiro quando sentiu abrir a porta... certamente que pela mente lhe terá passado a imagem do dito Tenente, alto e espadaúdo, que por certo não deveria achar piada nenhuma que lhe ocupassem tão selvaticamente a sua "fofa e confortável caminha".
Nunca souberam se esses dois camaradas acharam um excessivo cheiro "a cantinga" no quarto quando nessa noite se deitaram.... Bem hajam ... uns anitos depois...

1 comentário:

Oliveira, ex-Alf. Mil. disse...

Estou a imaginar a cena...
Se os quartos eram de outras pessoas é óbvio que podiam aparecer a qualquer momento...
Por isso, compreende-se que não houvesse tempo a perder...
O próprio despojamento, integral em funções quejandas, seria aqui dispensado (tiragem de botas incluída...)
Era imperioso ir directo ao âmago da "coisa", com a fase cerimonial reduzida aos mínimos admissíveis.

Aquele momento da abertura da porta!!!!, meu Deus1

Não espantaria que tivesse provocado no agente reacção capaz de tornar insignificante o mais intenso "climax"!

Consta (mas nunca se provou) que Cupido estaria por perto e teria intermediado junto de Eros para que tudo acabasse em bem.
É preciosa a omnipotência dos deuses.

Soube-se, mais tarde e para bem de todos, que não perduraram mazelas de qualquer natureza! Nem outra coisa seria de esperar, ou não estivéssemos na presença de heróis, aptos a enfrentar com sucesso as mais terríveis, penosas, insólitas e inesperadas provações (veja-se, à guisa de exemplo, a Parte II destas "Histórias" ambrizetenses!