domingo, 31 de maio de 2009

Musserra - Distribuição da Lagosta


Regresso uma vez mais à Musserra... hei-de voltar uma vez mais para contar um pouco daquela experiência muito desagradável do rebentamento da granada que enviou o Furriel Santos para o hospital de Luanda e o Cabo Almeida mais rapidamente de regresso aos Açores... E também aquela história do Alferes que interrompeu uma sessão de cinema, com os disparos da Breda localizada na torre por causa de uma luzes que apareciam e desapareciam nos morros "armadilhados" da Musserra....

Por agora vou falar do marisco que abundava no local. Aqui mostro a partilha da lagosta que compravamos a preços baixíssimos a pescadores locais e que nos permitiam fazer refeições só de Lagosta. Reconhecem-se o Alferes Abrantes e os Furrieis Silva e Santos.

Mas não posso deixar de referir a ida às ostras que abundavam naquela costa. Sabem que as ostras se agarravam às raízes de árvores do chamado "mangal" e que bastava cortar uma dessas raízes para se apanhar meia dúzia dos ostras? Chegamos a carregar um unimog e a fazer refeições só com ostras...
E as idas às lapas de que o Almeida e os seus colegas açoreanos eram mestres? E daquela vez que fomos com a população da Aldeia pescar a uma lagoa localizada na zona? Algum dia voltaram a comer um peixe tão bom?

sábado, 30 de maio de 2009

Quixico... mais uma saída...



No Quixico, antes de mais uma coluna... era assim quando saíamos.... quando regressavamos praticamente só os olhos se viam.... o resto era só pó.

quinta-feira, 28 de maio de 2009


Observar, aperceber os movimentos IN, avaliar o perigo...
E, acima de tudo, olho bem aberto.
O caminho para a vitória, ou seja, o regresso ao arame sãos e salvos..., tinha de ser trilhado com todas as cautelas.
Nós ali estávamos, conscientes das nossas responsabilidades, aptos a analisar a melhor maneira de fazer da operação em curso mais um sucesso!
Perante a presença de homens como estes - Alferes Abrantes e Oliveira - O IN recuava atabalhoada e ruidosamente!
Era imprescindível a protecção de Nossa Senhora de Fátima.
Nós fiávamo-nos na Virgem; mas se fosse preciso correr, corríamos e a bom correr, não fosse o Diabo tecê-las. Sim, porque ele, o Diabo, também andava por lá...

domingo, 24 de maio de 2009

Matar o Tempo...

No Chiede e porque não havia guerra, tinhamos muito mais tempo disponível... Tornamo-nos ases a jogar bridge, e até xadrez para não falar da sueca e do dominó...
Nesta fotografia podemos ver o Capitão Canito e os Alferes Martins e Abrantes.

As Mulheres do Sul...



Quem não se lembra delas? Óptimas companheiras e ainda melhores lavadeiras. A sua beleza nada ficava a dever às ocidentais, embora obviamente diferentes (e não só na cor...).
Entre elas existia uma espécie de "praxe" que seguiam à risca.... a lavadeira do capitão passava para o novo capitão, a do Alferes para novo Alferes e assim sucessivamente.
Grandes amizades se criaram naquelas paragens fruto deste relacionamento estreito mas também, muito devido ao carácter facialmente sociável das populações do Sul.

Recordações diversas




Ida à lenha... ainda se lembram como cozinhavamos? A ida à lenha era indispensável, embora geralmente não gostassemos muito de o fazer.
Quem se lembra do "filão" que representou a descoberta da imensidão de lenha que havia junto da foz dos rios? Aproveitavamos para ir à lenha e dar um banho na praia, isto na zona da Musserra e do Loge. Depois havia a zona onde havia cajueiros e que os elefantes deitavam abaixo para apanharem os saborosos frutos e que tambem representavam uma inesgotável fonte de abastecimento de lenha.
Nesta primeira fotografia reconhecem-se o Alferes Abrantes e os soldados Paulo Francisco, Lourenço, Simão, Avelino, Gregório e Semeão.
E o sabor do pão que faziamos? O Piriquito, sim esse que deixamos no mato quando da operação Lué, era um padeiro e cozinheiro de primeira qualidade...
E sempre as caçadas... Entre outros podemos ver o Furriel Silva, O 1º Cabo Ávila e o Soldado Cruz .

Operação Lué




Quando em 2008 lhe chamei de operação Lué, fi-lo porque já me não lembro do nome que na altura lhe foi dado... as fotografias que apresento agora são das crianças que referi como tendo sido recuperadas durante a dita operação.
Não podem, de facto, deixar de concordar comigo quando disse que eram lindas... Que será feito delas agora? Terão sobrevivido à guerra que se seguiu à nossa saída de Angola?

sábado, 23 de maio de 2009

Quixico, Lué, Chiede, Namacunde...










Regresso uma vez mais às recordações mais antigas da nossa presença em Angola apresentando fotografias panorâmicas de alguns dos lugares mais emblemáticos por onde passamos...

Começo pelo Quixico....
Podemos ver, primeiro uma vista parcial das instalações ocupadas pelos oficiais e pelos sargentos e depois a caserna ocupada pelos restantes militares. E também algumas instalações da fazenda.

De seguida podemos ver uma vista geral do Lué. Agora a 36 anos de distância até parece um lugar idílico e onde até se podiam passar umas férias de descanso, maravilhosas.... Na altura consideravamo-lo um autêntico buraco. Um aquartelamento de defesa difícil, em caso de ataque, apesar dos torreões ocupados permanentemente por soldados e equipados com a HK e a Breda. Tambem o morteiro 81 dava alguma seguranção. Felizmente nunca tiveram de ser usados em accções de defesa.
Pode tambem ver-se a ponte que o aquartelamento era suposto defender.
Deve igualmente referenciar-se o "sistema de iluminação do perímetro do quartel (primeira fotografia) e que era constituído por latas de petróleo com uma mecha, resguardadas por placas de aço, que acendiamos todas as noites. Claro que uma horas depois estavam todas apagadas, provocando uma escuridão completa que só a lua disfarçava... Foi uma inovação enorme quando uns meses mais tarde foi colacado um gerador o que permitiu o acesso à luz electrica... até lá a iluminação em todo o quartel era assegurada por "petromax's"... lá romântico era, mas faltava o mais importante.... as gentis companhias do sexo feminino que, durante quase toda a comissão (com excepção da nossa permanência no Sul...) nos faltaram...

Segue-se o Chiede com as suas tendas privisórias e quentíssimas onde passamos cerca de um ano. Lembram-se dos percevejos e dos truques que utilizavamos para os tentar evitar?
De facto só quem fez a guerra pode imaginar o que por lá se passou .... é pena que a generalidade dos políticos não tenham feito por lá uma "comissãozita"... talvez reconhecessem de forma diferente os sacrifícios de uma juventude que deu o melhor da sua vida por uma causa que, justa ou injusta, foi a causa de um povo. Recompensas, consideração, justiça? Quem as vê e as sente? Que o diga quem tem de esperar até aos 65 anos para se reformar. E todos os que precisam de apoio médico e psicológico e não o podem pagar?

Por último Namacunde... talvez onde tenhamos tido as melhores instações. Também aqui a convivência com a população era extremamente facilitada... quem se lembra daquele Alferes que proíbiu a entrada/dormida de mulheres na caserna? E da resposta que grande parte dos militares deu? Armaram tendas fora do quartel, mas nada de dispensar a companhia...
E aquele camarada que depois de uma parte de noite passada no "Kimbo" se perdeu quando regressava ao quartel? Ainda se lembram das camas feitas com as aduelas de pipos? Diga-se de passagem que o conforto não devia ser famoso....

Angola de Hoje - Viajando para Sul








Aldeias nativas e outros motivos de interesse quando se viaja para sul de Luanda.....

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Angola de Hoje












Algumas das árvores que muito bem conhecemos.... a propósito... Sabiam que o fruto do Embondeiro é comestível?

Angola de Hoje - Muceque







Os "Muceques" continuam iguais...

Angola de Hoje - Luanda











Luanda vista do Miramar. Ao fundo pode ver-se o Forte...

Angola de Hoje - Luanda


Outra perspectiva de Luanda, ao fundo pode ver-se a muito conhecida Ilha...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Angola de Hoje - Luanda - Igreja Nossa Senhora Dos Remédios




A Igreja de Nossa Senhora dos Remédios em Luanda encontra-se muito bem cuidada e conservada...

Angola de Hoje - Barra do Dande











Outras perspectivas da Barra do Dande.

Angola de Hoje - Sumbe


Este monumento terá sido erigido em memória dos nossos antepassados que navegaram por queles mares. A caravela e o que resta da esfera armilar, lá estão. Os 5 castelos e os "dizeres foram, no entanto, apagados.

Angola de Hoje - Sumbe




Trata-se da Igreja de Sumbe. Nos vitrais da parte de trás, virada para o mar, ainda se podem ver os sinais da guerra, comprovados pelos diversos "buracos" de balas.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Angola de Hoje - Luanda - Mira Mar




Certamente que se lembram daquele cinema ao ar livre onde se podiam tomar umas bebidas.... Ele lá continua e com o mesmo nome....

Talvez o melhor sítio para se apreciar a beleza daquela baía.