sábado, 7 de março de 2009

Velho Jeep do Quixico


Este velho jeep da C. Caç. 3482 acompanhou-nos em imensas aventuras quando da nossa permanência no Quixico.
Com ele fizemos várias caçadas e muitos passeios na extensa fazenda de Café que o Quixico era e que demorava horas a percorrer.
Nesta fotografia podem ver-se os Alferes Oliveira e Abrantes

Chiede - Relações com Autoridades locais


Regra geral as relações dos militares portugueses com as Autoridades Admnistrativas locais eram boas. Nesta fotografia pode ver-se o Alferes Abrantes e o Chefe de Posto do Chiede.

Confraternização....


Jantar de confraternização entre os militares da C. Caç. 3482.

Reconhecem-se o Alferes Abrantes, o Furriel Santos e os soldados Abreu, Rosário, Cruz e Lourenço.

O Futebol sempre presente


O futebol, para além de ajudar a passar o tempo, permitia manter a "boa forma".

Lembram-se da operação Lué, quando referi que durante todo o tempo que decorreu desde o assalto ao acampamento até à chegada ao local de recolha, o soldado Vaz havida transportado SEMPRE uma das crianças recuperadas? Pois o soldado Vaz é o "pequenininho", o primeiro à esquerda em baixo. Quem diria que depois de tudo o que passamos durante a operação alguém "com aquele físico" conseguiria transportar ao colo uma criança durante horas?

Descascar batatas


Normalmente as operações que realizavamos no Sul de Angola eram bastante agradáveis. Por um lado porque permitiam um contacto estreito com as populações e, por outro, porque levavamos connosco o essencial para passarmos uns dias relativamente bem passados. Por outro lado, conseguiamos normalmente "subtrair" aos rebanhos que pastavam pelos campos, um ou dois cabritos o que melhorava substancialmente a qualidade da nossa alimentação.


Naturalmente que o trabalho "tocava" a todos principalmente quando se tratava de descascar as batatas, que normalmente fritavamos, já que comer arroz e esparguete bastava no quartel.

Nesta fotografia reconhecem-se o Matunguila, o Abreu, o Almeida, o Avelino, o Abrantes o Dionísio, o Correia,o Semeão e o Telo.


Convivência com a população local


A acção social dos militares portugueses teve sempre um papel fundamental junto das populações locais. Quer em termos de cuidados médicos quer do apoio que genericamente era por nós dado e que, se traduzia depois, na enorme confiança que eles tinham em nós.

Nesta fotografia podemos reconhecer em cima e da esquerda para a direita, o Grabulho, o Telo, o Correia e o Dionísio. Em baixo o Loureiro, o Almeida e o Lima.

Banheiro no Chiede Cont.


Uma outra cena dos banhos colectivos no Chiede.... reconhece-se facilmente o furriel Santos e "provavelmente" as partes íntimas do furriel Costa...

Banheiro no Chiede


ERa assim que tomavamos banho no Chiede: Uns bidões que enchiamos de agua que o sol aquecia...




Não farão ideia ,mas estes banhos sabiam maravilhosamente.

O descanso do "guerreiro"


Alguém que não tenha vivido essa situação, imagina o sabor de uma "cuca" fresquinha depois do banho que se seguia a uma operação, que por via de regra obrigavam a passar duas ou três noites fora do quartel?


Recuperado nas Praias da Musserra


Nesta fotografia pode ver-se o "João Bigode" e o Alferes Abrantes.

O João Bigode tinha sido feito prisioneiro pela NT (nossas tropas) que depois se deslocaram ao acampamento onde vivia há cerca de dez anos, na tentativa de detectar indícios que pudessem levar a outras "recuperações".

Ambrizete - Berliet com a Breda


Em Ambrizete, fazíamos regularmente colunas principalmente de protecção ao MVL (Movimento de Viaturas Logistico) através do qual se faziam chegar os abastecimentos de Luanda a todo o Norte de Angola.
Estas colunas eram sempre "encabeçadas" por uma Berliet equipada com uma Breda.
Lembro-me de um acidente que tivemos quando uma destas colunas se dirigia da Musserra para Ambrizete. Por acaso, nesse dia, passava em Ambrizete um filme que todos gostavam de ir ver. Isto fez com que carregassemos um pouco mais no acelerador. A meio do caminho e com o sol pela frente, não nos apercebemos de um monte de "brita" que a JAEA havia deixado praticamente no meio da estrada sem qualquer sinalização. Quando demos conta já era tarde. Se bem me lembro as únicas pessoas que ficaram em cima da viatura foi o Alferes e o Barreiros que conduzia (e que por caso sofreu um ferimento importante quando o travão de mão se meteu por onde não devia o que, soube depois, lhe valeu um ajuda preciosa quando da sua reforma devido à incapacidade que o dito ferimento provocou...) e o Rosário que não parava de dar voltas em cima da Viatura agarrado à Breda que nunca largou. Penso que só o Alferes e o Rosário é que não foram parar ao hospital...

1º Grupo - Os melhores no Futebol


Excepcionando algumas partidas em que o 2º Grupo conseguia levar a melhor, o primeiro grupo era de facto o campeão da C. Caç. 3482. Nesta fotografia alguns dos famigerados craques da bola:De pé da esquerda para a direita: O Ávila, o Simão, o Santos, o Avelino, o Pádua, o Matunguila. Em baixo: O Domingos, o Correia, o Abrantes, o Martins e o Paulo Francisco.

Quixico


Quando depois de uma permanência de 9 meses em Ambrizete, o B. Caç. 3869 foi muito "merecidamente" transferido para a região dos Dembos (ir a Angola e não passar uns tempos nesta região, seria qualquer coisa como ir a Roma e não ver o Papa...), mais propriamente para Nambuangongo e a C. Caç. 3482 foi colocada no Quixico, uma fazenda de café gerida pelo amigo Sá, que por acaso havia conhecido e feito diversas operações com o Alferes Robles, quando dos primeiros anos de guerra. Será fácil de imaginar as histórias que nos contou, nos agradáveis serões que por lá passamos.

Nesta fotografia pode ver-se uma vista parcial do quartel, vendo-se em primeiro plano a messe de Sargentos e mais a baixo a caserna da generalidade dos militares.

Partida para terras de África


Foi este o navio, o Vera Cruz, que transportou o Batalhão de Caçadores 3869 e, por conseguinte, a Companhia de Caçadores 3482 para Angola em Janeiro de 1972.
Foi uma viagem maravilhosa, principalmente para os Oficiais: Camarim próprio, sala de jantar com música de acompanhamento, piscina óptima, mulheres lindas que tambem viajavam no barco etc.
Os restantes militares não estavam assim tão bem alojados, já que viajavam nos porões o que não era nada agradável, já que o calor era insuportável. Lembro-me que o pessoal do 1º Grupo, para minorar a sede e o calor, fez descer por uma das portinholas do navio, um garrafão de 5 litros, que desceram com uma corda até ao nível do mar. A intenção era que as frescas águas do Atlântico, ajudassem a refrescar "o tintol" tornando-o mais facilmente bebível. Acontece que uns tempos depois içaram a corda mas nem sinais do garrafão, que entretanto se havia despedaçado contra o casco do navio...
Tambem um conhecido Oficial, natural da Zona da Serra de Estrela se fazia acompanhar de dois soberbos queijos da Serra com que se pensava deliciar quando chegasse a Luanda. Acontece que já depois de passarem o Equador, o dito Oficial foi ver o estado dos queijos e descobriu que se encontravam praticamente derretidos com o calor... com muita pena lá foram alimentar os peixinhos..,.